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mumentos da historia
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Vila de Tentúgal

 

Situada numa planicie com algum declive para oriente, ocidente e sul,  por onde, a pouca distância, confronta com os Campos do Mondego. Fica a nordeste de Coimbra e é caminho obrigatório entre esta cidade e a da Figueira da Foz. Serve-a uma das mais lindas estradas do Pais, ora serpeando entre colinas cobertas de umbrosa vegetação, ora espreguiçando-se no doce plano dos Campos do Mondego.

As ruas da vila são largas e possue três espaçosos largos: - o Rossio, o do Ribeiro e o da Chieira ( este de forma triangular,o mais importante no qual se realizam as feiras ) além da pequena praça da Olaia. Apesar da decadência que a vila começou a sofrer nos fins do século XVIII, ainda vale bem a pena, àqueles que tem o culto da Arte, virem ate Tentúgal ou aqui fazerem uma paragem para admirar o antigo solar dos duques do Cadaval, algumas fachadas de casas fidalgas,a Igreja Matriz e a daMisericordia, o antigo convento das freiras Carmelitas com a sua Linda igreja, a Tôrre do Relógio, que fazia parte do castelo ou dos Paços do Concelho, além de portais a vãos de janelas, cheias de elegância e graciosidade, varandas e escadas exteriores, cimalhas, esgrafitos, chaminés e cantos, telhados ornamentados de abóboras que nem por serem singelos deixam de possuir beleza.

Tentúgal, terra de recordações, tem ainda, a dar-lhe fama, os seus magníficos pastéis de grande aceitação nacional, herança deixada pelas antigas freiras Carmelitas, de excelente recheio e óptimo folhado, e que fazem a delícia do viajante que obrigatoriamente pára na antiga Tia Conceição e ali os come, quase sempre regando-os com o delicioso e aromático vinho branco de que esta região é pródiga.

 ANTÓNIO NOBRE não deixa de incluir Tentúgal como um dos mais encantadores arredores da cidade do Mondego.

DO LIVRO TERRAS DE MONTEMOR-O-VELHO

 

                                                               Fundação

 

0 Livro de testamentos, do convento de Lorvão, diz-nos que no ano de 954 recebe o mosteiro lorvanense,  por doação testamentária de Rodrigues Abulmundar, na vila de Tentúgal campos de cultura .

O referido livro, no mesmo século, ensina-nos mais:

- « Os fâmulos de Deus - Bahri e Trunquilli, doaram a este mosteiro, no ano de 980, uma herdade em Taveiro e duas igrejas, uma de S. Pedro e S. Miguel, em Tentúgal e outra em Santa Eulália, na vila do Arquanio».

Nos fins do reinado de D. Afonso VI, de Castela, edificou ou reedificou o nosso conde D. Henrique a vila de Tentúgal por ordem do sogro, como consta do foral dado pelo conde à povoação, em 1108. O foral diz expressamente que o sogro de D. Henrique mandou que este edificasse e construísse a vila; mas no testamento do conde D. Sesnando, escrito em 1087, diz-se que povoou a vila de Tentúgal, herdada dos seus antepassados.

Do conjunto das duas afirmações tem de se admitir - e é essa a opinião do Dr. José leite de Vasconcelos - que o conde D. Henrique não a edificasse propriamente, mas sim a tivesse reedificado, quer para a melhorar nas suas defesas, quer por ela ter sido arrasada pelos árabes em alguma incursão posterior à vida de D. Sesnando. E, de facto, este conde moçárabe e governador do território de Coimbra, levantou da completa ruína vários castelos da região, fazendo simultaneamente o repovoamento de muitas terras, entre elas a da sua naturalidade - Tentúgal.

D. Sesnando foi, pois, quem repovoou o lugar e edificou ( 1087 ) o seu castelo; mas foi o conde D. Henrique que o reconstruiu a certamente o ampliou. Das obras henriquinas resta apenas, diz-se, uma velha tôrre, conhecida pela Tôrre do Relógio que, provavelmente, devia ter sido a tôrre de menagem. Acerca desta, diz-nos, em 1721 o Padre Luiz Cardoso:

 ... que mostra a tôrre haver sido de observação, antigamente, a segundo a tradição vulgar foi fabricada«pelos mouros. É admirável a dureza do seu material porque sendo muito delgadas as paredes ea uma altura considerável se acha sem o menor sinal de ruína, sustentando dois sinos, um da Câmara a outro do relógio ».

E assim e : - a-pesar-de terem passado mais de três séculos, depois da descrição do estudioso investigador, a torre continua a desafiar o tempo e a dominar o casario da antiga pátria de D. Sesnando . A porta da tôrre é gótica, no género das portas laterais da Igreja Matriz a duma outra da igreja da Povoa.

Em documentos antigos, aparecem referencias a umas estrebarias do infante D. Pedro, duque de Coimbra, no sitio, pouco mais ou menos, do largo da Olaia, por detrás da Torre do Relógio. A gente antiga diz que havia ali, no século xrx, umas casas muito velhas com uma janela manuelina, semelhante a outra da casa dos Forjaz de Sampaio, edifício esse que a tradição afirma ter sido o palácio de D. Sesnando.

O bispo D. Paterno doou a igreja de S. Miguel de Mirlaos, entre outras, metade da vila de Tentúgal (r),que é confirmada quando da morte do antiste, em 1087, que assevera ter povoado, entre outras, a vila de Tentúgal. A dar-se cr6dito ao que D. Paterno diz - e deve dar-se - o povoamento foi um repovoamento.

 

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